Journey é um daqueles jogos que não saem da minha cabeça. Desde a primeira vez que joguei, senti que estava vivendo algo além do entretenimento, era poesia em forma de jogo. Com visuais deslumbrantes, trilha sonora inesquecível e aquele silêncio que fala mais do que mil palavras, ele me mostrou que os videogames podem ser arte em movimento.
E confesso: sempre que termino Journey, bate aquela vontade de encontrar algo que me cause o mesmo impacto. Foi assim que comecei a caçar outros títulos que carregam esse mesmo espírito contemplativo, emocional e artístico. E, pensando nisso, decidi reunir aqui a minha seleção especial de jogos parecidos com Journey, experiências que compartilham essa mesma essência mágica.
Se você também já se pegou desejando mais momentos de calmaria, beleza e significado nos games, essa lista é pra você. São jogos que não exigem pressa, não focam apenas em combate ou pontuação, mas sim em sensações. Bora conhecer juntos?
TOP7 – Jogos Parecidos com Journey
💡 Dica Extra: Se você gosta desse tipo de experiência única, recomendo também dar uma olhada no meu artigo sobre os melhores jogos de PS3. Vários desses clássicos também oferecem momentos marcantes que valem a pena revisitar.

ABZÛ
ABZÛ é praticamente um primo espiritual de Journey, e não é à toa: um dos diretores de arte de Journey trabalhou nele. Aqui, em vez de desertos dourados e ruínas antigas, você mergulha nas profundezas do oceano para explorar recifes de corais, nadar com baleias gigantes e descobrir ruínas submersas cheias de mistérios.
A sensação é incrível. Não há HUD poluindo a tela, não há falas explicativas, apenas a fluidez do movimento, os sons da água e uma trilha sonora que embala cada mergulho. Eu lembro bem de quando joguei pela primeira vez: foi como se estivesse em uma meditação guiada, só que interativa.
E o melhor é que ABZÛ também traz aquela mensagem maior, assim como Journey: fala sobre equilíbrio, sobre conexão com a vida marinha e, claro, sobre contemplar a beleza do desconhecido. Se você curte jogos parecidos com Journey, esse é um que não pode faltar na sua lista.

Flower
Flower é outro jogo da mesma produtora de Journey, a Thatgamecompany, e dá pra sentir claramente o DNA compartilhado. Só que, em vez de controlar um viajante no deserto, você conduz pétalas ao vento, deslizando por campos verdes, vales floridos e paisagens que parecem pinturas em movimento.
O que eu mais gosto em Flower é como ele transforma algo tão simples em uma experiência emocionante. A cada pétala coletada, novas cores surgem no cenário, flores desabrocham e a música ganha força. É quase como pintar o mundo com movimento, e a sensação é de paz e esperança a cada fase concluída.
Flower não é um jogo longo, mas é daqueles que você nunca esquece. Ele mostra que videogames não precisam de inimigos ou explosões para emocionar. Se Journey foi uma poesia no deserto, Flower é uma poesia no vento — e os dois, juntos, mostram o poder dos jogos como forma de arte.

Gris
Gris é daqueles jogos que mais parecem uma pintura aquarelada ganhando vida diante dos seus olhos. Cada cenário é delicadamente desenhado, e a trilha sonora casa de forma perfeita com a jornada da protagonista, que atravessa fases que simbolizam emoções humanas como dor, aceitação e esperança.
Quando joguei Gris pela primeira vez, tive a sensação de estar folheando um livro de arte interativo. Não há diálogos longos, não há explicações forçadas — tudo é transmitido por meio das cores, da música e da atmosfera. Assim como em Journey, o silêncio aqui também fala alto.
O que mais me marcou foi perceber como o jogo consegue emocionar sem precisar usar palavras. Ele mostra que o verdadeiro poder dos videogames está na capacidade de transmitir sentimentos de forma única. Se você busca jogos parecidos com Journey, Gris é praticamente obrigatório.

Inside
Enquanto Journey transmite leveza, Inside segue pelo caminho oposto: é sombrio, pesado, e cheio de tensão. Ainda assim, eu acho que ele compartilha a mesma essência de jogos contemplativos, em que a atmosfera fala mais do que a ação em si.
No comando de um garoto indefeso, você atravessa cenários cinzentos cheios de segredos perturbadores. Não há tutoriais, não há HUD, não há palavras. Tudo o que você entende do jogo vem da sua própria interpretação — e esse silêncio cheio de mistério me lembrou muito da sensação de estar sozinho em Journey.
Inside pode ser cruel e até desconfortável em alguns momentos, mas é justamente isso que o torna inesquecível. É um jogo que prova que, assim como a beleza, o desconforto também pode deixar marcas profundas.

Sky: Children of the Light
Se tem um jogo que é considerado o sucessor espiritual de Journey, esse jogo é Sky: Children of the Light. Desenvolvido pela mesma equipe da Thatgamecompany, ele pega toda a base que fez Journey brilhar e expande para um universo cooperativo online.
Aqui, você guia uma criança da luz por cenários celestiais, planando pelo céu e explorando reinos mágicos junto de outros jogadores. O que mais gosto em Sky é a forma como a interação é feita: não existem chats de texto ou voz, só gestos e emoções. Essa simplicidade cria conexões genuínas entre os jogadores, sem a toxicidade que muitas vezes a gente vê no online.
Sky é praticamente uma carta de amor para quem amou Journey e queria mais. E eu posso dizer, sem exagero, que jogar Sky com outras pessoas me trouxe a mesma sensação de conexão que tive na primeira vez em que encontrei um viajante anônimo em Journey.

Shadow of the Colossus
Eu sei que Shadow of the Colossus não tem exatamente o mesmo estilo minimalista de Journey, mas ele carrega a mesma alma contemplativa. O silêncio dos cenários, a solidão das planícies e o peso de cada passo em direção a um colosso criam uma experiência que vai além do “jogar”.
Quando eu derrotei meu primeiro colosso, senti que não era apenas uma vitória — era um sacrifício. A cada inimigo vencido, vinha também a sensação de estar perdendo algo. Essa mistura de grandiosidade e melancolia é muito próxima do que Journey transmite em sua travessia desértica: você nunca está apenas jogando, está refletindo junto.
Shadow of the Colossus é, na minha opinião, um dos exemplos mais fortes de como um videogame pode ser arte. E se você procura jogos parecidos com Journey, esse clássico é uma parada obrigatória.

Firewatch
Firewatch pode parecer muito diferente de Journey à primeira vista. Afinal, aqui você não controla um viajante místico, mas sim Henry, um guarda florestal em meio às paisagens de Wyoming. Só que a mágica do jogo não está nas árvores ou nas montanhas, mas na solidão e na relação construída via rádio com Delilah, sua supervisora.
O que mais me marcou foi como o jogo transmite tanto com tão pouco: são só duas vozes conversando, mas que carregam um peso emocional enorme. É aquele tipo de jogo que não precisa de tiros ou explosões para prender sua atenção. Assim como em Journey, Firewatch mostra que simplicidade pode ser extremamente poderosa quando bem executada.
O impacto dos jogos como Journey
Depois de revisitar todos esses títulos, eu percebo como Journey não foi só um jogo marcante, mas também um ponto de referência para outros estúdios ousarem apostar em experiências diferentes. Cada um dos jogos que citei aqui, de sua própria forma, carrega um pouco dessa alma, seja pela contemplação, pela narrativa ou pela simplicidade carregada de significado.
E se você curte esse tipo de lista, recomendo também dar uma olhada na minha seleção de melhores jogos de PS3. Além de Journey, que marcou a geração, existem outros clássicos que ainda hoje merecem a sua atenção.