Review Deus EX Human Revolution

Em Deus Ex Human Revolution, a Eidos Montreal nos presenteia com um universo denso, provocativo e altamente imersivo. A narrativa se desenrola em um futuro não muito distante, onde a tecnologia avança a passos largos, mas as questões sociais permanecem estagnadas — ou até mesmo pioram. O jogo mistura com maestria elementos de RPG, tiro em primeira pessoa, espionagem e ficção científica para entregar uma experiência memorável.

Você assume o papel de Adam Jensen, um especialista em segurança cibernética que trabalha para a Sarif Industries — uma das maiores empresas de biotecnologia do planeta. Quando um ataque terrorista atinge a sede da corporação, Jensen é gravemente ferido e, para sobreviver, é “aumentado” com implantes biomecânicos. É aí que começa sua jornada por respostas, conspirações e dilemas morais.

Um verdadeiro cyberpunk em forma de jogo

O termo cyberpunk, popularizado na literatura com Neuromancer, de William Gibson, encontra em Deus Ex Human Revolution uma representação fiel. A sociedade está dividida entre “aumentados” — humanos com partes cibernéticas — e os chamados “puros”, que rejeitam essa nova era tecnológica. O preconceito, a dependência de drogas para evitar a rejeição dos implantes, e os conflitos entre liberdade e controle são parte da espinha dorsal da história.

O jogador precisa constantemente tomar decisões que moldam não só o enredo, mas a maneira como os personagens interagem com você. É possível seguir um caminho mais furtivo, explorando dutos de ventilação, hackeando sistemas e evitando confrontos diretos. Ou, se preferir, você pode partir para o combate direto, utilizando armas e os poderes dos implantes para eliminar qualquer ameaça no caminho.

Gráficos e jogabilidade acima da média

Deus Ex Human Revolution impressiona não só pela história, mas também pela sua apresentação. Os gráficos são detalhados e ajudam a construir a atmosfera opressora e tecnológica do mundo. A troca dinâmica entre primeira e terceira pessoa durante as ações dá um toque cinematográfico que enriquece a jogabilidade.

Outro ponto alto são os diálogos, que oferecem múltiplas escolhas com consequências reais. As missões secundárias não são meros complementos — muitas delas trazem tramas tão interessantes quanto a principal.

Alguns deslizes técnicos, mas nada grave

Nem tudo é perfeito. A trilha sonora, por exemplo, poderia ter recebido mais atenção. Em vários momentos, ela passa despercebida, quando poderia reforçar a tensão ou emoção das cenas. O final também divide opiniões: embora conecte as pontas da narrativa, faz isso de maneira rápida demais, deixando algumas questões em aberto — uma escolha que lembra o desfecho do seriado Lost.

Veredito: um clássico moderno

Deus Ex Human Revolution não é apenas um jogo — é uma reflexão sobre o rumo que estamos tomando como sociedade. Ao mesmo tempo em que oferece ação e liberdade de escolhas, ele levanta questões éticas e sociais profundas. Será que um dia chegaremos a esse ponto? Como a humanidade lidará com os avanços tecnológicos que já estão batendo à porta?

Com uma jogabilidade envolvente, narrativa sólida e ambientação impecável, Deus Ex Human Revolution se firma como um dos grandes títulos da década passada. É uma obra obrigatória para quem ama ficção científica, RPGs com múltiplos caminhos e experiências que vão além do simples “atirar para vencer”.

Nota final: 9,0/10

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Neutrinos

Gamer por profissão, web designer e especialista em SEO por hobby. Minha paixão pelos games começou aos 7 anos, entre moedas para o fliperama e tardes mágicas nas locadoras de games. O resto? Heh… só quem joga entende.

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Aldo Fraga

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