Desde que os zumbis de The Last of Us “chegaram” em 2013, uma coisa ficou clara: não estamos falando de “zumbis comuns”. Aqui, o terror não vem de mortos-vivos clássicos, mas de uma ameaça real inspirada na natureza, o fungo Cordyceps, que transforma humanos em hospedeiros de pesadelo. Essa abordagem trouxe um frescor ao gênero de zumbi, tornando os infectados de The Last of Us um dos maiores diferenciais da franquia.
Eu confesso que, quando joguei pela primeira vez, fiquei impressionado com o quanto cada estágio da infecção parecia único e aterrorizante. Não era só sobre lutar contra monstros, mas sobre sobreviver em um mundo em que até o silêncio escondia perigo. Pensando nisso, preparei este guia para revisitar os principais tipos de infectados e entender melhor por que eles ainda hoje são lembrados como alguns dos inimigos mais icônicos dos games.
Os Zumbis de The Last of Us — Guia Completo
💡 Curte esse tipo de lista? Então recomendo dar uma olhada também no meu artigo sobre melhores jogos de zumbi. Lá eu reuni outros clássicos do gênero que, assim como The Last of Us, vão te deixar na ponta da cadeira.

Corredores: o primeiro estágio da infecção
Os Corredores são o primeiro contato real com o horror. São humanos recém-infectados, ainda mantendo parte da forma humana, mas já totalmente dominados pelo fungo. O nome não é à toa: eles são rápidos, violentos e atacam sem pensar. A simples visão deles correndo em sua direção já é o suficiente para gelar o sangue.
No jogo, a mecânica deles é justamente essa: criar pânico. Não são os inimigos mais fortes, mas compensam com velocidade e imprevisibilidade. Na série da HBO, essa sensação ficou ainda mais intensa, já que os produtores reforçaram a ideia de enxames, dezenas deles atacando ao mesmo tempo, como uma verdadeira onda imparável. É a lembrança perfeita de que, em The Last of Us, até os estágios iniciais da infecção podem ser letais.

Perseguidores: caçadores nas sombras
Se os Corredores assustam pela brutalidade, os Perseguidores dão medo pela sensação de estar sendo observado. Eles representam um estágio intermediário da infecção, quando o fungo já está deformando o rosto e crescendo pelo corpo, mas o hospedeiro ainda mantém uma certa agilidade. A diferença é que, em vez de correrem diretamente para o ataque, eles preferem se esconder, emboscar e atacar de surpresa.
Na prática, isso faz deles inimigos ainda mais angustiantes. Ouvir o som característico que eles fazem, sem saber exatamente de onde virá o ataque, é algo que deixa qualquer jogador tenso. Eu lembro da primeira vez que encontrei um grupo de Perseguidores em um prédio escuro, o silêncio, os ruídos distantes, e a certeza de que a qualquer momento algo ia saltar em cima de mim. É essa sensação de perseguição constante que faz deles um dos tipos de infectados mais memoráveis.

Estaladores: o som que dá pesadelos
Poucos inimigos dos videogames são tão icônicos quanto os Estaladores. Esses infectados já não têm mais nada de humano: o fungo tomou completamente a cabeça, criando uma espécie de “coroa” de esporos que deforma o rosto. O que os torna assustadores não é só a aparência grotesca, mas o som característico que emitem, um estalo que arrepia até quem só está assistindo alguém jogar.
No jogo, eles representam uma ameaça mortal: um único agarrão deles pode significar a morte imediata, a menos que você tenha uma lâmina improvisada para se defender. Cada encontro com Estaladores força o jogador a pensar duas vezes antes de avançar, incentivando o stealth e aumentando ainda mais a tensão.

Baiacus: as montanhas de fungo
Se os Estaladores já são de arrepiar, os Baiacus levam o terror a outro nível. Esses infectados representam um estágio avançadíssimo da infecção, com o corpo completamente deformado por camadas de fungo endurecido. Lentões, mas incrivelmente resistentes, eles atiram esporos venenosos e precisam de muito poder de fogo para serem derrotados.
Eu lembro da primeira vez que encarei um Baiacu: parecia impossível derrubar aquela muralha ambulante. É o tipo de inimigo que transforma qualquer confronto em um teste de paciência e estratégia. Cada vitória contra eles é sentida como um verdadeiro alívio.

Trôpegos: a lenta face do horror
The Last of Us Part II apresentou uma nova variação dos infectados: os Trôpegos. Eles se posicionam entre Estaladores e Baiacus, com uma mistura de velocidade, força e um poder corrosivo capaz de queimar quem se aproxima. Essa novidade foi recebida com entusiasmo (e desespero) pelos fãs, porque trouxe um novo desafio e renovou a sensação de perigo em um universo já conhecido.
O interessante dos Trôpegos é como eles se encaixam organicamente na lógica do Cordyceps, mostrando que a mutação do fungo pode assumir diferentes formas. Isso reforça a ideia de que o mundo de The Last of Us está em constante transformação, e que o pior ainda pode estar por vir.

Rei dos Ratos: a fusão monstruosa do Cordyceps
The Last of Us Part II nos apresentou um inimigo que parece saído de um pesadelo: o Rei dos Ratos. Criado a partir da fusão de vários infectados em um único corpo grotesco, ele ocupa os corredores escuros de um hospital abandonado em Seattle. O resultado é uma criatura descomunal, com força bruta e resistência que superam qualquer outro estágio da infecção.
O mais assustador é que o Rei dos Ratos não é apenas lento e pesado. Durante a batalha, partes do corpo se desprendem e dão origem a perseguidores que continuam a caçada. Essa mecânica reforça a ideia de que o Cordyceps está sempre em mutação, pronto para surpreender até os sobreviventes mais experientes.

Variantes na série da HBO
Quando a série da HBO adaptou The Last of Us, ela trouxe algumas diferenças em relação aos jogos. Os infectados ganharam uma caracterização ainda mais assustadora, com próteses práticas e efeitos especiais que deram vida ao Cordyceps de um jeito perturbador.
Um detalhe curioso é que a série mostrou novas formas de transmissão do fungo, como os tentáculos que saem da boca, o que aumentou ainda mais o desconforto e a sensação de ameaça. Isso ajudou a reforçar a ideia de que o Cordyceps não é apenas um inimigo físico, mas um terror biológico em constante mutação.
O impacto cultural dos infectados
Os zumbis de The Last of Us transcenderam os games. Hoje, eles são reconhecidos até por quem nunca pegou no controle, graças ao impacto cultural da franquia. Estaladores e Baiacus já aparecem em listas de “inimigos mais assustadores” e viraram referência para outros jogos e até séries.
Parte desse impacto vem do realismo: a ideia de um fungo que realmente existe (ainda que em insetos, na vida real) dá uma camada de realismos que torna tudo mais inquietante. Esse “pé na realidade” é o que faz os infectados de The Last of Us se destacarem de qualquer outro zumbi genérico.

O terror continua vivo
Os infectados de The Last of Us não são apenas inimigos a serem derrotados, eles representam o próprio peso da sobrevivência em um mundo devastado. Cada encontro, seja com Corredores, Estaladores ou Baiacus, é um lembrete de que o perigo está em cada esquina.
E se você, assim como eu, adora esse tipo de tensão e curte listas de jogos com mortos-vivos, recomendo dar uma olhada também na minha seleção de Melhores Jogos de Zumbi. Lá você encontra outros títulos que, assim como The Last of Us, conseguem transformar os zumbis em muito mais do que simples inimigos, eles viram experiências memoráveis.