Assassin’s Creed no Brasil? Eu acabei de ver uma pérola daquelas: a Ubisoft lançou uma animação curtinha imaginando um “Assassin’s Creed colonial” com um bandeirante como Assassino. É leve, bem-humorada e, sinceramente, dá aquele gostinho de “e se…?”. Em três minutos, a conversa com D. João IV vai do respeito ao puro pavor, do jeito caricatural que a gente aprende a reconhecer nas aulas de história. Funciona porque não tenta ser tese: é sátira, e eu ri.
Assassin’s Creed no Brasil: dá jogo?
Eu sempre curti quando a série brinca com contextos históricos pouco explorados, e ver um bandeirante metido no credo me fez pensar: por que não um Assassin’s Creed no Brasil? Segundo o próprio produtor da franquia, essa possibilidade existe — e, vendo a animação, dá pra sentir como o cenário encaixa. Imagina caminhar por ruas de Salvador colonial, escalar igrejas em Ouro Preto, atravessar o porto do Rio de Janeiro com a corte portuguesa chegando… o mapa praticamente se escreve sozinho.
A sacada aqui é que a animação não tenta recontar a história certinha. Ela joga luz no absurdo, no exagero, no medo que o poder tem quando é colocado contra a parede. E esse tom combina com a essência da série: misturar figuras históricas reais com conspirações e golpes de mestre. Ver D. João IV em versão “gente como a gente”, tremendo na base diante de um Assassino, é o tipo de irreverência que conversa com a nossa memória de escola.
Tecnicamente, a produção segura bem o tranco. O traço é direto, eficiente, com timing de piada certeiro. Não tem gordura: começo, meio e fim, tudo em menos de três minutos. Do jeito que eu gosto. E tem um detalhe que me animou ainda mais: a parceria é com o estúdio brasileiro PIX, em colaboração com a Ubisoft. Ver mão brasileira num conteúdo oficial da franquia é um sinal de que a publisher está, pelo menos, experimentando caminhos por aqui.
Se eu penso como seria um jogo completo ambientado nesse período? Penso em stealth pelas ladeiras de pedra, em fuga por telhados coloniais, em combate de facão e mosquete, em missões que orbitam bandeiras, contrabando e intrigas de corte. Com o preço dos consoles nas alturas por aqui, muita gente ainda investe em modelos da geração passada — e um Assassin’s Creed colonial, com apelo local forte, poderia falar direto com essa galera.
Fecho com duas certezas: a animação cumpre o papel de divertir e cutucar, e a ideia de um Assassin’s Creed colonial tem caldo para virar algo maior. Se a Ubisoft quiser, terreno histórico não falta — e público curioso, menos ainda. Eu, pelo menos, já comprei a viagem.
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No fim das contas, eu saio desse vídeo torcendo para que o próximo passo seja mais ousado — quem sabe o primeiro passo de um Assassin’s Creed colonial de verdade.





