Review – Saw II: Flesh and Blood (Xbox 360 / PS3)

Em outubro de 2010, a Konami lançou Saw II: Flesh and Blood, sequência do game Saw: The Videogame (2009). Desenvolvido pela Zombie Studios para Xbox 360 e PlayStation 3, o título trouxe o filho do detetive David Tapp — Michael Tapp — como protagonista, imerso em um mundo de puzzles e armadilhas inspiradas nas ações de Jigsaw, vilão central da franquia cinematográfica.

O enredo ocorre entre o primeiro e o segundo filmes de Saw, colocando Michael como alvo de Jigsaw e seu aprendiz misterioso, Pighead. Seu objetivo? Investigar a morte do pai enquanto tenta sobreviver em armadilhas macabras, resgatar reféns e resolver enigmas mortais que testam sua lógica e coragem.

Jogabilidade: puzzles repetitivos e combate limitado

O sistema de gameplay manteve bastante da proposta original — exploração em terceira pessoa, resolução de puzzles e eventos de retratação rápida (QTEs). Os engenhos de Jigsaw voltam com novo visual e lógica, exigindo que o jogador utilize o ambiente para criar armadilhas ou neutralizar inimigos. Porém, muitos dos desafios se repetem e perdem impacto com o tempo.

Além disso, o combate virou sinônimo de sequências de pressão de botões em QTEs, mesmo para confrontos simples com inimigos. Isso transformou momentos potencialmente tensos em rotinas previsíveis que prejudicam a atmosfera do terror.

Estrutura narrativo e finais múltiplos

Saw II: Flesh and Blood também introduz múltiplos finais possíveis, determinados por escolhas do jogador no início da história. O destino de Michael é decidido pelo aliado Campbell, anteriormente apresentado no primeiro jogo. Essa abordagem é ambiciosa, mas limita a sensação de controle do protagonista — o jogador depende das decisões prévias de outro personagem.

Apresentação e trilha sonora

O visual do jogo não impressiona: cenários escuros e contínuos se repetem frequentemente, com modelos de personagem razoáveis, mas sem grandes diferenciações. A maior exceção fica por conta da dublagem de Jigsaw, cuja voz é interpretada por Tobin Bell, exatamente como nos filmes. Isso acentua o clima sombrio mesmo em meio às falhas técnicas.

Recepção da crítica

A recepção geral ao título foi negativa. No Metacritic, Flesh & Blood registrou reviews abaixo da média, em grande parte por falhar em superar seu predecessor em narrativa e gameplay.

Game Informer comparou o título a um “mergulho de costas em piscina cheia de lâminas”, enquanto IGN criticou o novo sistema de combate e a perda de suspense.

Algumas publicações deram notas tão baixas quanto 3 a 4 de 10, chamando o jogo de repetitivo, frustrante e pobre em experiência geral.

Considerações finais

Apesar de boas ideias, como cenários envolventes, múltiplos finais e resgate do tom vilanesco de Saw, Saw II: Flesh and Blood sofre com gráficos datados e excessiva dependência de QTEs que quebram o ritmo de tensão. Alguns puzzles são engenhosos, mas se repetem ao ponto de se tornarem cansativos. O título talvez agrade mais aos fãs leais da franquia do que a jogadores em busca de inovação.

Em resumo: Saw II: Flesh and Blood era uma aposta ambiciosa, mas entregue com falhas que o relegaram ao patamar de título esquecido nas prateleiras do horror nos videogames.

🎮 Nota final: 5,0 / 10

Saw II: Flesh and Blood tenta expandir o universo da franquia com novas ideias, mas tropeça em sua execução. Os puzzles até entretêm por um tempo, mas a repetição, os gráficos limitados e o combate baseado em QTEs tiram o impacto do terror. Uma experiência que só deve atrair os fãs mais dedicados da série.

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Neutrinos

Gamer por profissão, web designer e especialista em SEO por hobby. Minha paixão pelos games começou aos 7 anos, entre moedas para o fliperama e tardes mágicas nas locadoras de games. O resto? Heh… só quem joga entende.

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Aldo Fraga

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